Autores: André Diniz, Serginho 20, Artur das Ferragens e Leonel
Intérprete: Wander Pires
Imortal! Com o povo que me conquistou
E a aura do Municipal
Hei de emanar a luz
No palco do meu carnaval
E caminhar, sob o brilho e o ar de Paris
Um boulevard passos para um novo país
Nas rimas da minha poesia
O meu Rio de Janeiro
Derrubava o passado e erguia
O cenário pra encantar o mundo inteiro
Vi lá... No Theatro, a cortina se abrir
Com a ida, a platéia vibrar
E a cidade toda aplaudir
Sopram notas musicais
No solo a voz de um tenor
Encontra o som dos violinos
Em sinfonia é linda cena de amor
Girar... No sonho de uma bailarina
Desliza, a divina missão de encenar
O prato e o riso, paixões mascaradas
Até o astro-rei brilhar no céu
Aos mestres da folia, um baile de gala
Com a orquestra lá do bairro de Noel
Segura a Vila que eu quero ver
Vem brindar e saciar a sede
No alto da sede, coroa hoje brilha
A centenária maravilha
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Para entender melhor o enredo
GLOSSÁRIO
Flâneur - Pessoa que passeia ociosamente, no caso, perambula, registrando tudo o que vê.
Haussmann - Barão Georges-Eugène Haussmann (1809-1891), prefeito de Paris, responsável pela reforma urbana da cidade entre 1853 a 1870, tornando-se referência mundial.
Cuisine française - Expressão que faz referência à culinária francesa.
Comédie-Française ou Théâtre-Français - Único teatro estatal francês, e um dos poucos que tem uma companhia permanente de atores.
Revolta da Vacina - Movimento popular, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro em novembro de 1904, contra a lei de vacinação obrigatória para acabar com a varíola proposta pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz (1872-1917), então Diretor Geral de Saúde Pública da Capital Federal. O movimento conseguiu que o presidente Rodrigues Alves revogasse a lei que tornava a vacina obrigatória e autorizou que os institutos de vacinação imunizassem apenas os que desejassem.
Nijinsky - Vaslav Nijinsky (1890-1950) foi um dos gênios da dança de todos os tempos.
Flâneur - Pessoa que passeia ociosamente, no caso, perambula, registrando tudo o que vê.
Haussmann - Barão Georges-Eugène Haussmann (1809-1891), prefeito de Paris, responsável pela reforma urbana da cidade entre 1853 a 1870, tornando-se referência mundial.
Cuisine française - Expressão que faz referência à culinária francesa.
Comédie-Française ou Théâtre-Français - Único teatro estatal francês, e um dos poucos que tem uma companhia permanente de atores.
Revolta da Vacina - Movimento popular, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro em novembro de 1904, contra a lei de vacinação obrigatória para acabar com a varíola proposta pelo médico sanitarista Oswaldo Cruz (1872-1917), então Diretor Geral de Saúde Pública da Capital Federal. O movimento conseguiu que o presidente Rodrigues Alves revogasse a lei que tornava a vacina obrigatória e autorizou que os institutos de vacinação imunizassem apenas os que desejassem.
Nijinsky - Vaslav Nijinsky (1890-1950) foi um dos gênios da dança de todos os tempos.
Sinopse do enredo para 2009
Autores: Alex de Souza (Carnavalesco) & Alex Varela (historiador)
Muito Prazer. Meu nome é Paulo Barreto. Mas fiquei conhecido mesmo pelo meu pseudônimo: João do Rio, o mais carioca dos cariocas. Fui escritor e cronista, com passagem por importantes jornais como O País e a Gazeta de Notícias. Fui romancista, e publiquei diversos livros, sendo por isso convidado para assumir uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Fui autor de diversas peças de teatro e presidente da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais. Mas, a minha grande paixão era perambular pelas ruas da cidade, como um flâneur, para poder compreender a sua verdadeira "alma encantadora".
Vivi num momento muito especial dessa metrópole nacional, quando ela ainda era a capital federal. Governava o país o Sr. Rodrigues Alves e era desejo seu transformar a cidade na capital do progresso. Para isso, escolheu como prefeito do Distrito Federal, o Sr. Pereira Passos, a quem lhe rendeu a missão de transformar a cidade do Rio de Janeiro num cenário que mostrasse aos olhos do país inteiro e aos olhos do mundo que a República trouxera, de fato, tempos novos. O Rio deveria ser transformado numa espécie do cartão-postal da era moderna que a República pretendia trazer para o país.
Aquele foi um momento decisivo. A cidade mantinha aspecto ainda do período colonial, com ruas estreitas, iluminações precárias e mal cheirosas, e aquele casario que formava "um agrupamento de telhados mais ou menos pombalinos, feio, sujo e torto". Visando então alterar esse cenário, o presidente, o presidente e o prefeito deram início ao conjunto de obras que transformariam o Rio de Janeiro, cidade colonial, numa cidade moderna. O velho centro sofreu uma série de modificações que se assentaram na remodelação e ampliação do porto, higienização, saneamento, assim como na abertura de avenidas, praças e jardins.
E teve início o "bota-abaixo" ordenado pelo prefeito demolidor, um "Haussmann Tropical". A capital da República virou uma loucura! A cidade parecia um grande canteiro de obras. Tudo mudava. As velhas casas da capital vinham abaixo. No lugar delas, um imenso boulevard parisiense rasgou o centro da cidade, a Avenida Central, arrasando quarteirões e mais quarteirões, derrubando os cortiços, destruindo os quiosques e desalojando a moradia e a diversão da população pobre da cidade. Muitos diziam que o barulho das demolições era um hino triunfal ao progresso.
O Rio Civiliza-se!!!! A construção da Avenida Central fez surgir uma nova paisagem. Por ela andavam homens trajando paletós de casimira clara e usando chapéu de palha, acompanhando de senhoras finalmente vestidas com toaletes de nítida inspiração parisiense, desfrutava os tempos eufóricos da Belle Époque. A "boa sociedade" carioca, depois de um agradável passeio pela nova avenida, dirigia-se para a Cavet ou para a Colombo para conversarem em francês, tomarem chá, ou se deleitarem com finos vinhos e iguarias da cuisine française.
Fachadas e prédios eram erguidos como símbolo do cosmopolitismo e da modernidade. E, foi então na febre das edificações, que o prefeito Pereira Passos pensou na construção de um grande teatro, sonho do comediógrafo Arthur Azevedo, que tanto clamou pela criação de uma companhia teatral nacional, subvencionada pela Prefeitura Municipal, nos moldes da Comédie-Française.
Nada mais belo do que aquele que foi a inspiração máxima da arquitetura francesa em nossa cidade: o prédio do Theatro Municipal, uma répplica menor do teatro Ópera de Paris, em estilo eclético. Um verdadeiro símbolo da modernidade em pleno centro do Rio de Janeiro. O sonho de transformar a capital da República numa "Europa possível" concretizava-se.
Aberta a concorrência pública para a apresentação dos projetos para a construção do edifício, dois empataram. Eram os de codinome "ISADORA" e "AQUILLA". Este último pseudônimo ocultava a figura de Francisco de Oliveira Passos, filho do prefeito, Cujo projeto, após sofrer algumas modificações foi o escolhido. Mas, a "Revolta da Vacina", que transformou as ruas do centro da cidade num verdadeiro caldeirão social, não permitiu que as obras se iniciassem imediatamente.
Inaugurado a 14 de julho de 1909, data das comemorações do dia nacional francês, a nova casa de espetáculos coroava o Rio de Janeiro numa vitrine da cidade moderna. Aquela noite foi inesquecível para todos os cariocas!!!A estréia foi aberta com o hino nacional brasileiro cantado de pé por todo o público presente. A seguir, ouvimos a apresentação de duas óperas nacionais: Moema e Insônia. Além da comédia em um ato, Bonança.
O sucesso da apresentação das óperas no dia da inauguração do teatro foi tão grande, que, no ano de 1910, resolveu-se encenar Aída, de Verdi. Um espetáculo memorável, com aqueles cenários e figurinos deslumbrantes do Egito Antigo!!! Essa foi a primeira das grandes óperas encenadas no Municipal, a primeira de tantas outras que fariam história naquele palco nacional.
Não podemos nos esquecer dos grandes concertos dessa casa. No início, as companhias e orquestras estrangeiras, especialmente as italianas e francesas, eram as que se apresentavam. Com a criação da Orquestra Sinfônica Municipal do Rio de Janeiro, em 1931, passamos a ter a apresentação de um acorde genuinamente nacional, com grandes apresentações, desde um Villa-Lobos a um Francisco Mignone e pela voz da "la piccola brasiliana" Bidú Sayão.
Importantes espetáculos de ballet foram encenados naquela casa. A companhia Ballets Russes, com o espetacular Nijinsky, foi uma das primeiras a se apresnetar. A pioneira para a criação de uma escola de dança do Brasil sediada no próprio Teatro Municipal foi Maria Olenewa. Desse marco fundador em diante, um repertório de grandes bailarinos tem se destacado na dança brasileira. Inovadora foi a atuação de Mercedes Batista, a primeira bailarina negra do Municipal, que uniu a formação erudita do ballet clássico com a cultura negra, criando o ballet afro. Os mais célebres espetáculos de ballet foram apresentados de forma memorável naquele palco.
As mais relevantes companhias nacionais de teatro, com as nossas grandes estrelas, subiram ao palco do Municipal, aprendendo e ensinando a representar. Lá estreou a peça que revolucionou nosso teatro, Vestido de Noiva, do sempre lembrado Nelson Rodrigues, dirigida por Ziembinkki com cenários do primeiro cenógrafo moderno brasileiro, Santa Rosa. Revolucionária também foi a montagem de Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes e músicas de Tom Jobim (formando uma dupla que fez nascer aí o embrião da bossa nova). A peça foi interpretada somente por atores negros, cujo protagonista foi Haroldo Costa; os cenários eram de Oscar Niemeyer.
Ah, o carnaval!!! Eu falei o carnaval!!! O Municipal e o carnaval sempre estiveram bem juntinhos. Os primeiros seis grandes bailes de máscaras foram realizados no Salão Assirius, restaurante que já foi museu do teatro e até cabaré onde se apresentou Pixinguinha, do Grupo os Oito Batutas, o local mais excitante do Municipal, aquela obra magnífica inspirada na arte persa!!! Mas, o primeiro baile oficial só aconteceu em 1932. Deslumbrantes foram os concursos de fantasias que revelaram grandes nomes de destaques para o carnaval carioca. Fatos marcantes e personagens lendárias da cidade do Rio de Janeiro ficaram registrados na história desses grandes eventos carnavalescos.
A tríade de carnavalescos "Fernando Pamplona, Arlindo Rodrigues e Joãozinho Trinta" foi responsável pelas mais belas decorações de carnaval do teatro, assim como por cenários e figurinos de óperas e ballets. Eles também foram os "revolucionários" da estética do desfile das Escolas de Samba, emprestando a sua formação erudita para engrandecer a maior festa popular do mundo. Sua arte ninguém jamais se esquecerá!!!
Patrimônio carioca, onde o erudito e o popular se cruzam, o Teatro Municipal está completando cem anos. Essa maravilha do Rio é um produto máximo da nossa cultura. Eu, João do Rio, que vivi o início de tudo, despeço-me de todos vocês, acreditando ter cumprido a missão de apresentar o centenário dessa casa de espetáculos genuinamente carioca. Vamos comemorar e por deveras de pé aplaudir.
Com a Unidos de Vila Isabel que presta essa homenagem, um forte brado, numa só voz exaltar: BRAVO! BRAVO! BRAVO!
Muito Prazer. Meu nome é Paulo Barreto. Mas fiquei conhecido mesmo pelo meu pseudônimo: João do Rio, o mais carioca dos cariocas. Fui escritor e cronista, com passagem por importantes jornais como O País e a Gazeta de Notícias. Fui romancista, e publiquei diversos livros, sendo por isso convidado para assumir uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. Fui autor de diversas peças de teatro e presidente da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais. Mas, a minha grande paixão era perambular pelas ruas da cidade, como um flâneur, para poder compreender a sua verdadeira "alma encantadora".
Vivi num momento muito especial dessa metrópole nacional, quando ela ainda era a capital federal. Governava o país o Sr. Rodrigues Alves e era desejo seu transformar a cidade na capital do progresso. Para isso, escolheu como prefeito do Distrito Federal, o Sr. Pereira Passos, a quem lhe rendeu a missão de transformar a cidade do Rio de Janeiro num cenário que mostrasse aos olhos do país inteiro e aos olhos do mundo que a República trouxera, de fato, tempos novos. O Rio deveria ser transformado numa espécie do cartão-postal da era moderna que a República pretendia trazer para o país.
Aquele foi um momento decisivo. A cidade mantinha aspecto ainda do período colonial, com ruas estreitas, iluminações precárias e mal cheirosas, e aquele casario que formava "um agrupamento de telhados mais ou menos pombalinos, feio, sujo e torto". Visando então alterar esse cenário, o presidente, o presidente e o prefeito deram início ao conjunto de obras que transformariam o Rio de Janeiro, cidade colonial, numa cidade moderna. O velho centro sofreu uma série de modificações que se assentaram na remodelação e ampliação do porto, higienização, saneamento, assim como na abertura de avenidas, praças e jardins.
E teve início o "bota-abaixo" ordenado pelo prefeito demolidor, um "Haussmann Tropical". A capital da República virou uma loucura! A cidade parecia um grande canteiro de obras. Tudo mudava. As velhas casas da capital vinham abaixo. No lugar delas, um imenso boulevard parisiense rasgou o centro da cidade, a Avenida Central, arrasando quarteirões e mais quarteirões, derrubando os cortiços, destruindo os quiosques e desalojando a moradia e a diversão da população pobre da cidade. Muitos diziam que o barulho das demolições era um hino triunfal ao progresso.
O Rio Civiliza-se!!!! A construção da Avenida Central fez surgir uma nova paisagem. Por ela andavam homens trajando paletós de casimira clara e usando chapéu de palha, acompanhando de senhoras finalmente vestidas com toaletes de nítida inspiração parisiense, desfrutava os tempos eufóricos da Belle Époque. A "boa sociedade" carioca, depois de um agradável passeio pela nova avenida, dirigia-se para a Cavet ou para a Colombo para conversarem em francês, tomarem chá, ou se deleitarem com finos vinhos e iguarias da cuisine française.
Fachadas e prédios eram erguidos como símbolo do cosmopolitismo e da modernidade. E, foi então na febre das edificações, que o prefeito Pereira Passos pensou na construção de um grande teatro, sonho do comediógrafo Arthur Azevedo, que tanto clamou pela criação de uma companhia teatral nacional, subvencionada pela Prefeitura Municipal, nos moldes da Comédie-Française.
Nada mais belo do que aquele que foi a inspiração máxima da arquitetura francesa em nossa cidade: o prédio do Theatro Municipal, uma répplica menor do teatro Ópera de Paris, em estilo eclético. Um verdadeiro símbolo da modernidade em pleno centro do Rio de Janeiro. O sonho de transformar a capital da República numa "Europa possível" concretizava-se.
Aberta a concorrência pública para a apresentação dos projetos para a construção do edifício, dois empataram. Eram os de codinome "ISADORA" e "AQUILLA". Este último pseudônimo ocultava a figura de Francisco de Oliveira Passos, filho do prefeito, Cujo projeto, após sofrer algumas modificações foi o escolhido. Mas, a "Revolta da Vacina", que transformou as ruas do centro da cidade num verdadeiro caldeirão social, não permitiu que as obras se iniciassem imediatamente.
Inaugurado a 14 de julho de 1909, data das comemorações do dia nacional francês, a nova casa de espetáculos coroava o Rio de Janeiro numa vitrine da cidade moderna. Aquela noite foi inesquecível para todos os cariocas!!!A estréia foi aberta com o hino nacional brasileiro cantado de pé por todo o público presente. A seguir, ouvimos a apresentação de duas óperas nacionais: Moema e Insônia. Além da comédia em um ato, Bonança.
O sucesso da apresentação das óperas no dia da inauguração do teatro foi tão grande, que, no ano de 1910, resolveu-se encenar Aída, de Verdi. Um espetáculo memorável, com aqueles cenários e figurinos deslumbrantes do Egito Antigo!!! Essa foi a primeira das grandes óperas encenadas no Municipal, a primeira de tantas outras que fariam história naquele palco nacional.
Não podemos nos esquecer dos grandes concertos dessa casa. No início, as companhias e orquestras estrangeiras, especialmente as italianas e francesas, eram as que se apresentavam. Com a criação da Orquestra Sinfônica Municipal do Rio de Janeiro, em 1931, passamos a ter a apresentação de um acorde genuinamente nacional, com grandes apresentações, desde um Villa-Lobos a um Francisco Mignone e pela voz da "la piccola brasiliana" Bidú Sayão.
Importantes espetáculos de ballet foram encenados naquela casa. A companhia Ballets Russes, com o espetacular Nijinsky, foi uma das primeiras a se apresnetar. A pioneira para a criação de uma escola de dança do Brasil sediada no próprio Teatro Municipal foi Maria Olenewa. Desse marco fundador em diante, um repertório de grandes bailarinos tem se destacado na dança brasileira. Inovadora foi a atuação de Mercedes Batista, a primeira bailarina negra do Municipal, que uniu a formação erudita do ballet clássico com a cultura negra, criando o ballet afro. Os mais célebres espetáculos de ballet foram apresentados de forma memorável naquele palco.
As mais relevantes companhias nacionais de teatro, com as nossas grandes estrelas, subiram ao palco do Municipal, aprendendo e ensinando a representar. Lá estreou a peça que revolucionou nosso teatro, Vestido de Noiva, do sempre lembrado Nelson Rodrigues, dirigida por Ziembinkki com cenários do primeiro cenógrafo moderno brasileiro, Santa Rosa. Revolucionária também foi a montagem de Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes e músicas de Tom Jobim (formando uma dupla que fez nascer aí o embrião da bossa nova). A peça foi interpretada somente por atores negros, cujo protagonista foi Haroldo Costa; os cenários eram de Oscar Niemeyer.
Ah, o carnaval!!! Eu falei o carnaval!!! O Municipal e o carnaval sempre estiveram bem juntinhos. Os primeiros seis grandes bailes de máscaras foram realizados no Salão Assirius, restaurante que já foi museu do teatro e até cabaré onde se apresentou Pixinguinha, do Grupo os Oito Batutas, o local mais excitante do Municipal, aquela obra magnífica inspirada na arte persa!!! Mas, o primeiro baile oficial só aconteceu em 1932. Deslumbrantes foram os concursos de fantasias que revelaram grandes nomes de destaques para o carnaval carioca. Fatos marcantes e personagens lendárias da cidade do Rio de Janeiro ficaram registrados na história desses grandes eventos carnavalescos.
A tríade de carnavalescos "Fernando Pamplona, Arlindo Rodrigues e Joãozinho Trinta" foi responsável pelas mais belas decorações de carnaval do teatro, assim como por cenários e figurinos de óperas e ballets. Eles também foram os "revolucionários" da estética do desfile das Escolas de Samba, emprestando a sua formação erudita para engrandecer a maior festa popular do mundo. Sua arte ninguém jamais se esquecerá!!!
Patrimônio carioca, onde o erudito e o popular se cruzam, o Teatro Municipal está completando cem anos. Essa maravilha do Rio é um produto máximo da nossa cultura. Eu, João do Rio, que vivi o início de tudo, despeço-me de todos vocês, acreditando ter cumprido a missão de apresentar o centenário dessa casa de espetáculos genuinamente carioca. Vamos comemorar e por deveras de pé aplaudir.
Com a Unidos de Vila Isabel que presta essa homenagem, um forte brado, numa só voz exaltar: BRAVO! BRAVO! BRAVO!
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